Diante de tantos amores que não foram amores de verdade, diante de tantas lágrimas que poderiam ter sido evitadas, e tantas noites mal dormidas que ao longo dos dias me foram roubadas, estou aqui, ainda em pé. O primeiro "amor" a gente jamais esquece, e acredito que de todos seja o que mais me machucou. Muito menina, nada experiente, muitos sonhos e muitas promessas vazias, tão vazias quanto uma casa nunca antes habitada, e assim se comparava o meu coração, que aos poucos foi se enchendo de sentimentos, os quais nem sempre eram bons de sentir. Mas ali estava eu, apoiada em meu próprio riso, acreditando que o motivo dele era outro, mas isso passa, como tudo na vida. Ai depois a gente fica mais experiente e já não deixamos mais que brinquem com os nossos sentimentos. AAAAAAAHHHHH bobagem!!!! Continuamos sempre os mesmos idiotas quando estamos apaixonados, meros irracionais, que pensam com a razão e expressam com o coração. E é nesse momento que me encontro, com um pouco mais de singeleza acredito. Por ser muito sentimental muitas coisas fazem com que o dia não seja ensolarado, e as noites sejam mais nubladas do que realmente são, reflexos de um sentimento que invade o peito assim como um vendaval, sem pedir permissão, ou até mesmo como um parasita que se instala em um órgão seu sem nem ao menos saber se é ou não bem vindo, mas ao longo dos meus 22 anos de vida uma coisa eu aprendi, tudo passa, e por isso vou lhe dizer:
"Com o peito apertado e cheio de dúvidas aqui estou meu bem, diante da sua indecisão e na espera de algo que pode não vir jamais. Com os olhos lacrimejando por motivo desconhecido, aqui me encontro meu amor, esperando apenas que esse sentimento não me cause dor. Com o coração aberto e alma despida, com o pensamento focado e desconcertado, porque é assim que o amor nos deixa, besta, abobado, sem sono, com sono, atordoado, essa é a função de amar alguém, desejar e querer mais do que ninguém. Viver na espera de um "oi" perdido no dia, de um convite inesperado, de uma rosa roubada alcançada com carinho, viver na alegria de não estar sozinho. Olhar nos seus olhos e sentir cada pulsar do coração, perceber o corpo estremecido, e o nó na garganta, tentar controlar a alegria e perceber que isso de nada adianta. E assim me faço por esperar, me entrego novamente como jurei jamais me entregar, deposito em você a confiança que deixei guardada, me debruço no seu peito sem esperar por nada, beijo sua boca com amor e com carícia, esperando que perceba que no fundo há também malícia, me deito ao seu lado porque é ali que quero estar, junto de você para poder de ti cuidar. Me entrego pra você com todos os sentimentos que trago dentro de mim, faço daquele momento um momento sem fim, e por isso posso lhe dizer, me coloco a sua espera, porque é algo que me agrada, mas de antemão lhe aviso e desejo que me faça entender, como já disse Jair do Cavaquinho, por falta de amor, ninguém vai morrer."
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